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Foto do escritorL. Antilibertários

Quem vai construir as estradas no anarcocapitalismo?

Atualizado: 2 de fev. de 2019

Acredito que ninguém em sã consciência negaria a importância da infraestrutura para a vida em sociedade e o desenvolvimento econômico. Podemos logo pensar no caso das estradas. Historicamente quem sempre fez a infraestrutura das sociedades foram estados por essas serem geralmente muito caras, não haver estímulo econômico e ser de grande interesse de todos.


Seria possível construir toda a infraestrutura necessária para a manutenção das sociedades apenas via trocas voluntárias e com extremo prezo pela propriedade ao estilo anarcocapitalismo ? Para os anarcocapitalistas sim e o argumento deles para isso é que se as pessoas pagam pelos tais serviços hoje logo elas pagariam no anarcocapitalismo de forma voluntária. Seria esse argumento válido?


Primeiro que devemos parar de pensar em estradas como simplesmente a rua de asfalto da frente da casa, existe todo um planejamento na hora de construir uma estrada levando em conta a finalidade dela. Isso determinará seu traçado, resistência e materiais a serem usados no projeto. Por exemplo , se a estrada receberá um grande fluxo de veículos é mais indicado um pavimento rígido por este absorver melhor o impacto além de maior durabilidade. Se a região terá menor fluxo não é necessário um pavimento rígido, poderia ser flexível por ser mais barato. Ou seja dependendo da região que o amiguinho ancap morasse os cálculos poderiam mudar completamente. O custo de implantação do flexível é por volta R$ 3.159.000,00 por quilômetro e o do rígido é de R$ 5.430.000,00 por quilômetro.


A primeira objeção que podemos pensar é que boa parte desse preço seria fruto de impostos , regulações , falta de livre mercado , concessão pública etc , etc ... No entanto uma rápida pesquisa no Google do preço em outros países e tal falácia é desmentida. Na Espanha o custo médio é de 3 milhões de euros / km de estrada convencional , na Bulgária entre 4 e 5 milhões de euros/km , Austrália custa em média 5 milhões dólares australianos/km , nos EUA 2 milhões de dólares/km , na Alemanha até 10 milhões de euros/km etc ... Nenhum deles é referência em intervenção estatal exagerada , muito pelo contrário. EUA e Austrália inclusive estão muito bem colocados no Ranking de liberdade econômica.

E na verdade estradas não deveriam ser mais baratas mesmo. Se pensarmos em uma via de 1 km de extensão , 10 cm de espessura e 10 metros de largura o volume dela será de 1000 m³. Tal quantidade de praticamente qualquer coisa não seria barato , e considerando que os preços dos produtos para fazer o asfalto , como o CAP 50/70 , custam algo em torno de R$ 1000,00 o m³ aí que o preço seria mais alto ainda , saindo por nada mais nada menos que 1 milhão de reais. Incluindo ainda gastos com transporte , maquinário, mão de obra, revestimento mais superficial e outros diversos gastos não é de se esperar que fosse barato.

Mas tudo bem , pensemos então em um valor como a metade dos preços atuais no anarcocapitalismo. Daria então aproximados R$ 1,5 milhão por quilômetro. Um trecho simples de 20 km sairia algo em torno de 30 milhões. Aqui entra a real diferença entre a infraestrutura mantida a base estatal e a totalmente privada. A grosso modo , no estado esse valor é pago com os impostos de todos , então obviamente o valor pago seria dividido entre todos os pagantes. No caso do Brasil , dividido para 200 milhões de pessoas daria 0,0001 real para cada um ou seja teríamos que construir cem desses trechos para cobrar um centavo de cada cidadão. Mas em uma sociedade totalmente privada esse valor só seria dividido entre os usuários diretos , reduzindo o valor individual pago por cada um. Se o amigo leitor pudesse escolher , pagaria por algo que nunca vai usar ou que a probabilidade de usar é mínima ? Tipo , você mora no Rio de Janeiro pagaria para construírem uma rua no Acre ? Provavelmente a resposta foi não. Na prática você estaria pagando por algo que não usa , então a chance da sua resposta ser "não" é muito grande. Ou seja a população disposta a pagar por tal rua é limitada a população do Acre. Alguém de um extremo do Acre pagaria para construir uma rua no outro extremo que nunca vai? Provavelmente a resposta também foi não. Assim a população disposta a pagar seria ainda mais limitada. A verdade é que se queremos pensar o quanto custaria as estradas no ancap para ver se seria viável devemos pensar quando vale a pena pagar para construir uma rua. A primeira coisa que podemos pensar é que vale a pena pagar se de alguma forma a pessoa fará uso dessa rua com certa frequência como já vimos.


Pensando em um trecho de 20 km, quantas pessoas fariam uso frequente dele para justificar pagar? Vamos imaginar que 50 mil pessoas fariam uso dela e queiram ajudar na construção. Temos então o custo individual de cada um de R$ 600,00 . Bem mais caro do que o que as pessoas pagam no estado malvadão , né ? Ainda mais se pensamos que na pior das hipóteses os impostos levam 60% do salário dos brasileiros e o salário mínimo algo em torno de R$ 1000,00 , alguém que paga impostos hoje pagaria R$ 600,00 para transitar em todas vias do país a vontade , algo em torno de 196 mil Km e ainda cobre serviços como justiça , saúde e educação (que apesar de não ser lá mil maravilhas é melhor que pagar a mesma coisa só pra transitar em um trecho de 20 km). Para ficar realmente barato no ancap teria que ter um fluxo nível a marginal Tietê , com 400 mil pessoas passando por dia e então daria R$ 75,00 para cada um. Só que a marginal Tiête é o mais carregada da América do Sul , a maioria esmagadora dos trechos não tem nem 1/5 desse movimento , é algo inimaginável todas as estradas de todos os lugares ter tal tráfego. E também para suportar tal pavimentação teria que ser colocado o asfalto de pavimento rígido , o que aumentaria o preço para R$ 100,00 por pessoa. É inegável que o custo benefício é infinitamente melhor com o estado.

Apesar de extremamente mais caro que no sistema estatal ainda sim não parece tão ruim. A manutenção ficaria algo em torno de 250 mil no ancap porque custa algo em torno de 1 milhão hoje em dia , então as vezes seria cobrado isso dividido para os usuários ou seria cobrado pedágio. Pague 600 reais nem que seja na prestação uma vez na vida e 5 reais de pedágio e acabou o problema , certo ? Errado! O amigo leitor já imaginou quantos desses trechos de 20 Km as pessoas percorrem por dia? Repare que não estou dizendo que elas percorrem vários trechos de 20 km em sua totalidade , mas sim que percorre vários trechos diferentes. Nossas locomoções diárias não giram em torno de uma única estrada onde tudo que precisamos está nesse trecho. Passamos por várias e várias vias, ruas , avenidas e estradas que são parte de um trecho maior até chegar em uma localização. Se tivéssemos que pagar diretamente pela construção de cada uma ficaria extremamente caro. Para ficar mais claro observe a imagem :





Imagine que um sujeito que está no ponto A quer se dirigir ao ponto D. Esse poderia ser um dos caminhos possíveis :





Vemos que ele pegou 4 ruas diferentes para chegar ao seu destino. Isso significa que no possível ancapistão ele passaria 4 ruas diferentes. Essas ruas seriam parte de uma construção maior a qual ele deverá ter pago para construir. Se cada um desses trechos tiver os mesmos 20 Km do exemplo anterior significa que ele irá pagar 600 reais em cada um dos trechos na hora de construir e assim 2400 reais no total só essas 4 ruas. E isso considerando apenas o deslocamento para o ponto D estando em A .


A situação pode ficar ainda mais complexa considerando um número inimaginável de pontos que ele queira ir da cidade e as várias rotas possíveis em uma cidade.





Óbvio que ele pode optar não ajudar a construir mas provavelmente os donos da rua cobrariam pedágio dele e ele teria que pagar pra passar em cada rua. Quantas ruas será que ele não passa por dia? Será que não ficaria caro demais? Imaginando que D seja o trabalho dele e ele tenha que ir e voltar de A a D todos os dias e cada rua cobra 1 real de pedágio permitindo ir e voltar significa que ele gastaria 4 reais por dia e algo em torno de 100 reais por mês (excluindo sábado, domingo e feriados). Isso só pra ir pro trabalho! Se ele sair pra qualquer outro lugar ele vai gastar mais, se percorrer mais de 4 ruas fica mais caro ainda. Só acho que não é uma boa ideia optar por isso.


Imaginar que haveriam trechos menores que 20 km ou a mesma empresa construindo trechos muito maiores não ajuda muito. Basicamente seriam mais trechos cobrando menos ou menos trechos cobrando mais , e no final o preço seria relativamente o mesmo.


Mas porque devemos considerar que vai haver pedágio em todas ruas?


Imaginar que as pessoas pagariam uma vez para construir e depois deixariam qualquer um passar de graça vai contra o que sabemos sobre estímulos econômicos hoje. Caso você pudesse escolher entre pagar por algo ou usa-lo de graça o que você escolheria? Sabendo que pagando ou não elas poderiam usar as pessoas simplesmente poderiam optar por não pagar pela construção da via e depois usa-la de graça. Mesmo que um certo número de pessoas resolva pagar elas iam se sentir no mínimo desconfortáveis em ver muitas pessoas usando algo que elas pagaram caro pra construir e ainda tem custos com manutenção enquanto outros usam de graça. Na prática os projetos nem sairiam do papel. Além do mais o estímulo de ganhar dinheiro com a via é maior. O que você escolheria perder dinheiro com a manutenção enquanto muita gente se beneficia e não contribui ou ganhar dinheiro? Se escolheu o segundo parabéns , você acabou de entender porque a possibilidade de pedágio em cada rua construída é enorme. Nem que fosse baixo valor mas o suficiente para quase impossibilitar a locomoção.


As ruas não poderiam ter surgido do nada , ou os moradores contratam uma empresa para construir ou a empresa constrói por conta própria em lugares aleatórios e passa a cobrar pedágio de quem passa por lá. Considerando que tudo seria privado no anarcocapitalismo empresas não teriam espaço vazio para construir suas estradas. E nem estímulo econômico, uma vez que não valeria o esforço construir uma avenida de R$ 30 milhões no meio do nada que ninguém vai usar , então um misto de moradores encomendarem uma rua e as empresas cobrarem pedágio de quem passa por lá me parece mais provável. As pessoas que moram próximas a ela pagam para construir porque elas vão usar com mais frequência e nunca mais pagam pra passar , pra quem contribuiu para a construção o uso é livre. Mas quem quiser passar por lá mas não pagou para construir deverá pagar pedágio para seguir o caminho. O que seria arrecadado no pedágio é usado para manutenção da via .

Ou seja o problema citado anteriormente ainda está de pé. Ninguém do outro lado da cidade vai querer pagar para construção de uma rua que ele nunca vai usar. Assim ficaria muito caro para cada um individualmente pagar. Pensando nisso é provável que nem surgissem tantas estradas , o que nos leva um problema muito maior permearia o fato de toda infraestrutura ser privada, que é a falta dela.


Mas a concorrência não poderia resolver esse problema?


Mas é óbvio que não. Simplesmente não tem como escolher ruas como se fosse sapatos. A frente da sua casa por exemplo , só tem uma rua. Se ela cobra pedágio pra passar nela ou você paga ou não passa. Se rua da escola que seu filho estuda cobra pedágio pra passar lá ou você paga ou seu filho não estuda lá. Não existe essa de "Se uma rua cobra pedágio passe em uma que não cobre". Ruas são limitadas e muito importantes. Se temos duas ruas que ligam a pontos diferentes as pessoas que precisarem ir a esses pontos diferentes ainda vão passar nessas ruas sendo irrelevante se outra que ele não vai passar cobra ou não. Veja o exemplo.


Imagine essa cidade:


Imagine esses pontos e ruas:




Imagine que alguém está ou até mora no ponto A que fica na rua azul escura . Alguém que está em A e precisa ir pra B vai ter que passar pela Rua vermelha ou amarela. Para ele não importa se a Rua Verde não cobra pedágio, o local que ele precisa ir está na Rua Vermelha. Assim como alguém no ponto C precisa passar pela rua roxa e pela rua verde porque o ponto que ele quer ir está lá em E , não importa se a rua azul escuro cobra ou não. A situação fica ainda pior se estivermos falando de grandes extensões de avenidas como a azul clara. Alguém que está em A e C precisa passar por ela para chegar em E, B e D não importando se as ruas verde e roxa cobram pedágio ou não. Óbvio que ele pode dar a volta na avenida gigantesca mas vai demorar mais a chegar no seu destino além de gastar mais gasolina. Dependendo da extensão da via não vale a pena , além do mais várias outras ruas nesse meio termo podem e provavelmente vão cobrar também. No final não muda que pontos específicos estão em locais específicos e os donos dessas ruas não precisam se preocupar em perder clientes se cobrarem pedágio porque não tem outra rua competido por esse ponto específico porque ponto específico está na rua dele.


Devemos entender também que mesmo que não tivesse nenhuma empresa ou nenhuma casa em uma rua ela ainda sim pode e provavelmente vai servir como acesso a outro ponto e muitas pessoas vão ter passar lá. Pense de novo no caso da longa avenida azul clara do exemplo. Suponhamos que do ponto C ao ponto B tenha 2 Km e para contornar a avenida deve-se percorrer 26 km. Vale a pena contornar ela? Acha que ela ficaria sem clientes querendo se deslocar a vários pontos da cidade? Provavelmente a resposta foi não.


Mas as empresas e pessoas teriam tendência de se instalar em ruas que não cobram pedágio?


Primeiro que ruas tem um limite de empresas e casas que pode se instalar lá. Algumas vão se instalar lá e o resto vai ter que se instalar em ruas que cobram ou simplesmente não tem onde ficar. A partir disso outra coisa a ser levada em conta é que os pontos continuam específicos, as pessoas continuam tendo que ir a pontos específicos e voltamos ao problema do ponto anterior. Além do mais basta uma análise econômica e refutamos esse ponto. Já ouviu falar de oferta e demanda? Pois bem, uma vez que alguma rua não cobra pedágio e todos querem se instalar lá a demanda por ela sobe. Assim ela pode querer cobrar pedágio a hora que ela quiser desde que seja relativamente o mesmo preço que os outros. Mesmo que as empresas queiram sair dessa rua outras empresas vão querer se instalar nela e as outras ruas já estão ocupadas não havendo muitas opções de onde ir. Essa mesma lei se aplica a qualquer rua que resolver não cobrar nada. Lembrando que o estímulo pra cobrar é econômico e não só a vontade de cobrar ou não cobrar, pois tem manutenção como gastos. Então não, empresas e pessoas não teriam estímulos de se instalar em ruas que cobrem menos e muito menos donos de rua teriam estímulos para o fazer.


Concluímos que não haveria estímulo econômico para se construir estradas a menos que fossem áreas muito movimentadas e que mesmo que de alguma forma se construísse provavelmente os donos das ruas iam cobrar pedágio, o que desmotivaria o comércio e o trânsito de pessoas. Ainda sim existe um último recurso que pode ser alegado pelos ancaps. A carta na manga deles: Os ricos. Poderia uma empresa grande, algum milionário bancar a construção de estradas e não cobrar de ninguém pra passar lá depois com objetivo de aparecer para as pessoas e fazer marketing com isso?


Ignorando a possibilidade mínima dele fazer isso a verdade é que sim, tal como eles podem doar metade da metade dos lucros e acabar com a fome no mundo mas mesmo assim não o fazem. O problema é que isso não ajudaria muito. Fazer uma estrada pode ser muito caro, como vimos um trecho de 20 Km sairia R$ 30 milhões em média. Quantas empresas tem esse dinheiro pra bancar a construção? Poucas, a maioria absoluta não tem nem metade disso de receita. Ou seria melhor perguntar "Quantas tem esse dinheiro sobrando?" pois nenhum empresário ia sacrificar grande parte da sua receita com marketing. Mesmo que quisesse não poderia já que ele vai gastar o que ganha para manter a empresa. Levando em conta isso atualmente a média de gastos com marketing das grandes empresas gira em torno de 10% da receita. Quanto isso dá com os números das grandes empresas que temos hoje? Em 2016 a Berkshire Hathaway é a que teve o maior ativo do mundo com 552,25 bilhões , se ela gastasse 10% dos ativos em marketing então ela gastaria aproximados 50 bilhões com marketing. Se ela gastasse tudo com construção de estradas no final ela faria mais de 1800 Km. Muita coisa não? Por incrível que pareça não. Os trechos pavimentados do Brasil hoje são quase 200 mil quilômetros, caso tivéssemos a mesma malha rodoviária de hoje mas só com 1800 Km pavimentados teríamos níveis de pavimentação comparáveis ao do Chade com nem 1% das vias. Seriam necessários ou que a Berkshire gastasse todo seu recurso em Marketing por 108 anos consecutivos ou que houvesse 108 empresas com essa receita dispostas a gastar 10% da sua receita fazendo estradas. Detalhe que não tem, na verdade ela é a exceção da exceção , a maioria das maiores empresas do mundo entre 300 e 200 bilhões em ativos . E não precisa nem falar que essas são a exceção da exceção da maioria das empresa, né?


Além do mais a empresa não vai gastar tudo só com essa forma de marketing, vai gastar ainda com anúncios de TV, no Google, YouTube, doações para caridade, etc... Ou seja limita ainda mais o quanto pode ser gasto. Na verdade é até melhor priorizar marketing no Google, YouTube e Facebook que alcançam muito mais pessoas do que construir uma rua que nem todo mundo vai usar. Se for uma rua que liga nada a lugar nenhum então aí que o estímulo é menor ainda. Ou seja é muito pouco provável contar com os ricos pra resolver esse problema. Além deles terem os problemas de suas empresas eles não poderiam se equiparar ao poder de investimento de estados.


Mas porque é tão importante que essas estradas estejam pavimentadas? Não poderia ser estradas de terra ou de plástico reciclado? Com relação a elas serem de plástico reciclado não há problema algum. Vários países inclusive já usam como a Índia. O problema é que em questão de valores ele não ajuda muito, pois são só 8% mais baratas que as convencionais, a vantagem delas é reduzir o dano ao meio ambiente.


Com relação as estradas não pavimentadas como de terra a resposta é que elas não são uma alternativa as estradas convencionais. O porque é simples , já foi mostrado em vários estudos que não adianta ter uma estrada toda esburacada ou de terra pois isso compromete a produtividade da mesma forma. Se apenas ter as estradas fosse o suficiente o Brasil seria um dos países mais ricos do mundo já que é o 4º em malha rodoviária mundial, mas pavimentadas são só 16%. Países desenvolvidos tem quase sempre níveis acima dos 90% , suas estradas são bem conservadas o que diminui o tempo de transporte e melhora a eficiência do comércio. Assim concluindo essa parte dos ricos: Primeiro é pouco provável que eles vão querer bancar a construção de muitas vias, segundo mesmo que bancassem não poderiam o fazer a ponto de garantir em grande quantidade. Ou seja não resolve o problema das estradas.


A verdade é que a questão das estradas não passa apenas por faze-las mas sim como vimos permitir o fluxo livre de pessoas e mercadorias e faze-las de qualidade para aumentar a produtividade. Na verdade essa é uma parte super importante da economia. Um sistema eficiente de transporte trará redução no custo final do produto e consequentemente aumentará a produtividade. E a melhor forma de fazer isso é com financiamento estatal, é mais garantido que vai acontecer e tem maior poder de investimento.

 

Referências


Custo estradas nos EUA ;


Dados da Austrália;


Espanha ;


Bulgária , Alemanha e outros europeus ;


Dados do pavimento rígido e flexível e preço no Brasil ;




Exemplo de orçamento de estrada no Brasil :


Dado da Marginal Tietê ;


Malha rodoviária do Brasil ;


Como infraestrutura ajuda no desenvolvimento;



Índice mundial porcentagem de estradas pavimentadas;

https://www.dangerousroads.org/rankings23/4941-countries-with-lowest-of-paved-roads.html


https://www.worldatlas.com/articles/countries-with-the-best-roads.html


http://en.classora.com/reports/o32204/ranking-of-countries-with-the-most-paved-roads?id=322&groupCount=50&startIndex=1


Maiores ativos de empresas do mundo;

https://exame.abril.com.br/negocios/as-25-maiores-empresas-do-mundo-em-2016-segundo-a-fortune/


Quanto empresas gastam com marketing;

https://mindminers.com/marketing/quanto-empresas-investem-em-marketing


Estradas de plástico:

https://www.betterworldsolutions.eu/34000-km-of-plastic-roads-of-plastic-in-india/

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1 Comment


Jay Jay
Jay Jay
Feb 20, 2022

A ideia da existência de cidades privadas já refuta o anarcocapitalismo, pois fere o principio da liberdade, como você vai privatizar alguém que é um elemento da natureza (o asfalto), não tem como privatizar a natureza, privatizar o ar livre. Muitos ancaps tem a ideiad e privatizar a Amazônia, isso é absurdo de uma forma tão elevada.

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